Americana intensifica ações de combate à Dengue
Em 2024, o Brasil
enfrentou um aumento alarmante nos casos de dengue, registrando mais de 6,4
milhões de infecções até dezembro, um crescimento de 400% em relação ao ano
anterior.
Esse surto resultou
em aproximadamente 5.900 mortes, evidenciando a gravidade da epidemia. Fatores
como mudanças climáticas, crescimento populacional acelerado e urbanização
desordenada contribuíram para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor
da doença. O estado de São Paulo foi particularmente afetado, com mais de 2,1
milhões de casos confirmados e 2.050 óbitos, representando os números mais
elevados desde o início da série histórica em 2000.
Em Americana,
município do interior paulista, a situação também foi preocupante. Até outubro
de 2024, a cidade registrou 4.657 casos de dengue. Foram confirmados dois
óbitos relacionados à doença: o primeiro, um homem de 74 anos residente na
região do bairro Morada do Sol, falecido em março; o segundo, uma mulher de 76
anos com comorbidades, moradora do bairro Conserva, que veio a óbito em abril. Em
resposta, a prefeitura vem intensificando ações de combate ao mosquito
transmissor, incluindo campanhas de conscientização e ampliação da faixa etária
para vacinação contra a dengue, visando conter a propagação do vírus e proteger
a população.
Em 2025, o governo
federal brasileiro intensificou as ações de combate à dengue, antecipando-se ao
período de maior incidência da doença. Uma medida significativa foi a
instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e
outras Arboviroses, visando ampliar o monitoramento e orientar ações de
vigilância epidemiológica, laboratorial e de controle de vetores. Além disso, o Ministério da Saúde lançou um
novo plano de contingência, que inclui a expansão do método Wolbachia — que
utiliza mosquitos infectados com a bactéria para reduzir a transmissão da
dengue — de três para 40 cidades ainda em 2025.
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